Final decidida

Corinthians se classifica em jogo polêmico

Ontem o Palmeiras e o Corinthians se enfrentaram pela semifinal do Campeonato Paulista. O jogo foi 1 a 1 no tempo normal - gols marcados por Leandro Amarol para o alvi-verde e William para o alvi-negro - e o Corinthians venceu nos pênaltis, com 6 cobranças marcadas contra 5 do Palmeiras.

Foi um jogo nervoso, com muitas faltas, discussões, cartões amarelos para os dois lados e uma expulsão para o lado do Palmeiras. Além disso, o chileno Valdívia se machucou ainda no primeiro tempo da partida. Quem não viu o jogo e lê só isso acha que foi uma partida normal.

Mas foi um jogo polêmico desde antes de seu início. Para falar a verdade, desde antes do sorteio para a escolha do árbitro do jogo.

Um dia antes do sorteio, o Jornal da Tarde publicou uma matéria dizendo que o ábitro da partida seria o Paulo César de Oliveira e no dia seguinte ele foi sorteado. A matéria ainda afirmava que o Corinthians teria indicado o juiz, com a concordância do Palmeiras.

Os times desmentiram a afirmação, já a Federação Paulista de Futebol não deu uma explicação convencedora. Simplesmente disseram que foi uma coincidência, que não trocaria o ábitro para não acharem que a denúncia do jornal fosse verdade. O que, particularmente, penso que já é muita confusão para um jogo só.

Mas ainda não está nem no início, durante o jogo - muito nervoso, como dito anteriormente - houve lances polêmicos. Vamos para alguns deles:

Em uma disputa fora da área, Kléber do Palmeiras é empurrado por Fábio Santos e o volante Ralf faz um movimento com o braço (para alguns um soco) que acerta o rosto do atacante do Palmeiras, o juiz não marcou nada.

Em outro lance, o mais polêmico, o zagueiro Danilo dá um carrinho forte em Liédson, o atacante do Corinthians deixa o pé por cima e pisa no joelho de Danilo. O juiz Paulo César expulsou só o Danilo e não deu nem cartão amarelo para o Liédson. Sendo que era para expulsá-lo também.

E depois, na beira do campo, Felipão e Tite discutiram. Uma discussão a parte, que não justifica a expulsão do Felipão, por ter feito gestos ao árbitro. Mas e o Tite não deveria ser expulso por ter discutido também?

O árbitro Paulo César de Oliveira mantém um tabu que arrepia os palmeirenses só quando pensam nisso. Isso porque todos os jogos que ele apita do Palmeiras o time perde e tem jogador expulso.

E ainda não acabou. O Coronel Marinho, responsável pela arbitrgem paulista, além de não resolver os problemas de seus árbitros, quer arrumar confusão com o Felipão.

Não estou dizendo que o Felipão está certo em falar mal da arbitragem brasileira, pelo menos não publicamente, para evitar exatamente esses julgamentos do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva). Mas o Coronel Marinho poderia se preocupar mais com os problemas de seus árbitros, que cá entre nós, visto pela atuação do Paulo César de Oliveira, há muito o que melhorar.

Agora o Corinthians enfrentará o Santos na grande final do Paulistão. O time da baixada santista venceu o São Paulo no sábado por 2 a 0. Na final há jogo de ida e de volta, os jogos serão disputados no Pacaembú e na Vila Belmiro.


Injusto

Outra coisa que não concordo é o Palmeiras ter mandado o João Victor, que errou o pênalti, embora.

Ele é um bom jogador e vinha fazendo bons jogos pelo time. Só que ele não deveria ter sido escalado para cobrar o pênalti. Ele subiu da base há pouco tempo e não tinha participado de nenhuma decisão com o time profissional. Por isso, acredito que ele não deveria ser crucificado por causa do erro.

É como diz o ditado: "Um erro não justifica o outro". Ele estava crescendo no profissional e essa demissão feita pelo Palmeiras pode prejudicar a carreira do garoto.